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Foto e fragmento de biografía:  https://www.google.com/

 

SILVIA ELENA VARGAS

( Perú )

 

ELENA VARGAS es una galardonada poeta, escritora y artista visual Peruana-Británica, que vive en Londres, Reino Unido; donde estudió dibujo, pintura, fotografía y joyería.

En 2014, publicó su primer libro de poemas en Español titulado: “El Prisma de mis Versos”, que incluye sus propias ilustraciones.


*

 

TEXTO EN ESPAÑOL – TEXTO EM PORTUGUÊS

 

VARGAS, José Guiilllermo, compilador.  Las Voces Encantadas.  Lima: Maribelina – Casa del Poeta Peruano, 2016.   246 p.  
                                                                  Ej. bibl. Antonio Miranda

 

ESPEJO

Fragil niña de esquivos ojos
y mirada de bujiías grises,
esclava eres de tu ritual manía
que tu rala cabellera revela.

Frente al plateado óvalo
vistiendo el hábito de tu culpa,
tu imagen refleja
el brillo afilado de la ira.

El fuego atizado te derrite,
en lava convertida bulles,
y atravesando tu palma hueca
tu vergüeza fluye.

En la burbuja del delirio
arrancas una a una tu ansiedad
y aterrada descubres a tus pies
cientos de mutiladas hebras
transformándose em mustias
y venenosas hiedras.

En la quimera de tus sueños:
ellas trepan tu andrógina cabeza,
enclavan sus raíces
en tu cuerpo devastado,
camuflando tus folículos ressecos
con acicalado cairel.

Son las sombras del averno
que le arrastran por tu cruda realidad,
y sus voces sin rostro te censuran:
“¡Engendro eres, de tu frágil mente!”
Inyectada de dolor recaes
en tu compulsiva conducta
y abatida, entierras en la cripta,
tu secreto.

En un libro abandonado,
ruído y polvoriento,
la esperanza escrita
es un poema sin versos
sin espacios,
que espera oculta,
en el reflejo de tu espejo.




 TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução: ANTONIO MIRANDA

 

ESPELHO

Fragil menina de esquivos olhos
e olhar mirada de velas de ignição cinzentas,                                                
escrava és de tua ritual mania
que tu rala cabeleira revela.

Diante do prateado óvalo
vestindo o hábito de tua culpa,
tua imagem reflete
o brilho afilado da ira.

O fogo atiçado te derrete,
sem lava convertida ferves,
e atravessando tua palma oca
tua vergonha flui.

Na borbulha do delírio
arrancas uma a uma tua ansiedade
e aterrada descobres a teus pies
centenas de mutiladas heras
transformando-se em murchas
y venenosas heras.

Na quimera de teus sonhos:
elas trepam em tua andrógina cabeça,
enterram suas raízes
em teu corpo devastado,
camuflando teus folículos ressequidos
com enfeitada franja.

São as sombras do avernal
que arrastram por tua crua realidade,
e suas vozes sem rosto te censuram:
“Engendro és, de tua frágil mente!”
Injetada de dor recais
em tua compulsiva conduta
e abatida, enterras na cripta,
teu secreto.

Em um livro abandonado,
ruído e empoeirado,
a esperança escrita
é um poema sem versos
sem espaços,
que espera oculta,
no reflexo de teu espelh-o.

 

*

 

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Página publicada em março de 2022

 

 

 

 


 

 

 
 
 
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